Sendo o microcrédito uma linha de empréstimo destinada a microempreendedores formais e informais, quando os valores costumam ser de R$ 5 mil em média, o grande desafio enfrentado hoje pelos que costumam oferecer esta estratégica linha de crédito é o perfil da demanda.

Apesar de ser garantia de sustentabilidade e crescimento de muitos micronegócios, numa economia de baixíssima oferta de empregos, os que procuram por microcrédito parecem não possuir um claro entendimento das motivações de quem oferta esta linha de crédito, normalmente a juros muito baixos e prazos elásticos.  

Segundo a obra – MICROCRÉDITO–Importantes Eventos Estruturadores, (conforme imagem), enquanto as instituições financeiras possuem uma visão desenvolvimentista, bem intencionada em potencializar um público normalmente operando à margem de importantes linhas de financiamentos que alavancam o crescimento de médias e grandes empresas, uma grande parcela de microempreendedores parece possuir uma visão equivocada de que o microcrédito é quase que uma transferência direta de renda, quase uma doação, feita pelas instituições, sobretudo as governamentais, como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Ainda que não intencionalmente, mas quando não conseguem honrar com os pagamentos, a ideia de que se trata de um financiamento amparado pelo governo aflora uma tendência, muitas vezes involuntária, de relaxamento no cumprimento dos pagamentos.

Desta forma, conforme entendimento da obra aqui citada, para garantir a continuidade de programas de microcrédito no Brasil é decisivo uma constante capacitação dos que demandam (os microempreendedores) e dos agentes de créditos (as microfinanceiras), a fim de disseminar uma conscientização da finalidade desenvolvimentista da principal linha de apoio financeiro aos micronegócios, tão importante para amenizar os efeitos do desemprego no país.             

 

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